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entendemos a fotografia como devoção ao tempo.
acreditamos que a busca pela perfeição estética assusta a manifestação do acaso. queremos a história selvagem da alma. e o que propomos? uma seita desvairada. psicofotografia. transcrever sonhos e experimentar, famintos, o mistério.
aceitando-o. desfrutando-o. revelando-o.
toda foto nasce muito antes do clique. sua existência flutua sobre nossas percepções de mundo e experiências de vida. buscamos obstinadamente a imagem que transborda e isso vai guiar nossos ensaios em um experimentalismo poético. na fotografia analógica, essa postura de entrega intuitiva é mais pura. desde a escolha do filme até o processo de revelação, tudo é um rito cego de reverência às imagens latentes.
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prefere não queimar o próprio filme.
fotógrafa por urgência criativa.
